Grande, forte, imponente ele fica ali, quieto no canto esperando para me consumir. Para ocupar minhas tardes, minhas noites, meus sábados e domingos até o sol nascer. Não existe contato, ainda imaculado nosso relacionamento já é tenso. Sou capaz de imaginar seus olhares de reprovação toda vez que eu tentar sair, mesmo que só para encontrar com um amigo. Conheço sua fama e sei muito bem que ele é traiçoeiro e já levou muito aos limites da sanidade com seus problemas sem solução.
Mesmo possessivo é como nenhum outro, o prazer de te-lo em mãos é indescritível. É uma relação conturbada, eu sei, já fui alertado que ele não se dará por satisfeito até estar presente em cada pequena porção de minha vida.
Me imagino mergulhando em seu oceano mesmo sem saber nadar. Me debatendo em desespero até a exaustão na esperança de que, em algum momento, minhas braçadas façam um algum sentido. Superando suas ondas e tentativas de me vencer sonho como o dia em que superarei todos os seus limites. Vou erguer a cabeça orgulhoso do meu feito, um dia...
Por enquanto somos desconhecidos, tímidos, e, entre um olhar e outro a intimidade vai se criando o medo e a ansiedade caminham juntas mas eu sei que, cedo ou tarde, acontecerá... Recém-adquirido meu primeiro livro de calculo descansa em minha cama mas eu ainda não tive coragem de tira-lo de lá. Só quem já passou por essa experiência pode entender o turbilhão de emoções que é!
considero este texto uma pré-resenha. aqueles momentos antes de pegar um livro, antes de ver um filme... os trailers, as orelhas, as curiosidades, esperanças, medos... enfim... para cada obra e para cada receptor será diferente. seja este sentimento as preliminares de um grande romance, um curta ou um livro de cálculo.
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