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sábado, 26 de janeiro de 2013

O que é arte? O que é poesia?

O que é arte? Poesia está em todo lugar e em todos ou é um dom de poucos? A perspectiva forma o poeta? O suor? A sensibilidade? E essa perspectiva, esse suor, essa sensibilidade... estão eles ao alcance de qualquer um? Antônio Abujamra entrevista Michel Melamed em seu programa Provocações; uma das melhores e mais produtivas entrevistas que tive o prazer de ver (viva a internet).

Michel é a cara da poesia irreverente, solta, pós-moderna ou que o valha, que não se prende a títulos, não se prende a nada, mas clama como um vulcão interno por se expressar, por entrar em erupção em lava quente de verborragia e imagens. Abujamra é o clássico, culto, literário, acredita que poesia é para aqueles que são verdadeiramente poetas. Mas o que é ser poeta e o que é "poetar"? A poesia está em quem compõe ou em quem recebe? Ou é a mensagem própria, aquele intermediário entre um e outro? Talvez seja isso, afinal, aquele elo que consegue unir duas pessoas que sequer se conhecem de uma forma tão forte, tão intensa, tão... emocional... 


Postei isso alguns dias atrás no meu facebook e é com essa discussão que gostaria de fazer meu post inicial do blog. O que é poesia, o que é arte, etc... são temas que recorrem nas discussões que tenho com o Horácio e, espero, virão à tona nesta humilde página que, por mais que se proponha a ser um lar de resenhas caseiras, é também um espaço livre para discussão. Bueno... segue a entrevista, dividida em três partes:





Parte 1




Parte 2



Parte 3

2 comentários:

  1. Embora o meu camarada Breno nao confie em meus comentarios a respeito do que eu achei do texto, nao hesitarei em expor minhas reaaaais consideracoes. :)
    A verdade 'e que o autor deste post, desde que eu o conheci, sempre me apareceu com questionamentos 'uteis, interessantes, e os quais sempre me intrigaram a discussao sobre... E, 'e claro, dessa vez nao foi diferente. Diferente de mim (mesmo que a comparacao nao seja boa, porque eu sou pessima nisso), ele nao so consegue expor suas duvidas com eloquencia, como traz um 'otimo contexto trazendo bases para a discussao que pretende(mos) seguir.
    Nao tenho a audacia de tecer (ainda) comentarios a respeito do que eu penso sobre o assunto... Ainda espero por discussoes, e, afinal, deixe-me pensar! (:
    (otimo texto, rapaz)

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  2. Agora lendo o que vc escreveu e revendo a entrevista do michel e do abujamra que percebi o óbvio, o porquê do abujamra ser tão "agressivo" com o michel, pô-lo contra a parede com maiores potências do que contra os demais que vi até hoje. É uma disputa, não é? Não com todas as agressões de uma disputa, mas por outros meios (lógico-poético-literato?), é o embate vivo de gerações poéticas, posso dizer assim?, é o que vc bem disse: "Michel é a cara da poesia irreverente, solta, pós-moderna [...]. Abujamra é o clássico, culto, literário, acredita que poesia é para aqueles que são verdadeiramente poetas. " E percebe-se a tensão, eu percebi ao menos, nas palavras estudadas e soltadas por um e nas palavras livres e voadoras do outro, e demais disputas de clássicos, como quando abujamra pergunta dos livros e de tudo o mais. Acredito que é sim um embate, de poderes, de pica maior, talvez não com toda essa agressão que parece quando eu escrevo sobre, mas ainda sim uma trepidancia e olhares avermelhados e mãos tensas e estratagemas enlouquecidos, como o avô e o neto digladiando em um tabuleiro de xadrez onde pra um os peões são poesia (e não só eles, acredito que os cavalos também, e as torres, e o próprio tabuleiro sendo riscado pelas peças tão ferozes e pontiagudas) e para o outro apenas a família real do tabuleiro tem essa capacidade. São visões muito destoantes e acredito que é dessa força milenar, desse suor mental e faminto, que destilaram a mais pura e arrebatadora explosão caótica da(s) bomba(s) atômica(s) . Sim vou longe demais, mas é parte do meu existir perdido. Não sei se fui compreendido, e não o ligo mais na verdade, as palavras tanto podem fazer liberto o sábio poeta, quando encarcerar por séculos de tormenta o louco da vila. Mas é isso, ou não o é, acredito que a entrevista é uma incrível luta à la justas, e acredito, acima de tudo, que é assim que se faz uma boa entrevista, com tensão e agressão polida. (risadas macabras)

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