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quarta-feira, 6 de março de 2013

Journey

Para variar um pouco, este texto de hoje é sobre o jogo independente de video game, Journey.




     Para começar, Journey é um jogo - maravilhoso, por sinal - de Playstation 3. Minúsculo, deve levar uma hora e meia pra terminar se você for lerdo como eu sou. Enfim... Conta a história muda de um viajante - você - que vai em direção a uma montanha. O que esta montanha significa creio que cabe ao jogador decidir... para mim é a simples, mas muito simbólica, representação do objetivo, do ponto onde se quer chegar. Como em toda jornada há uma linha de chegada, por assim dizer.
      Em seu caminho você por vezes encontrará outros viajantes. A princípio eu pensei que fazia parte da história do jogo, tratei de pegar os itens antes que o outro pudesse. De certa forma faz... É, no entanto, outra pessoa que está jogando. A ideia é justamente a de companheiros para a jornada. Não se trava uma jornada sozinho e o jogo insiste nisso desde seu conceito. Journey é lindo, tanto visualmente quanto de conteúdo. A ideia, segundo os desenvolvedores, é criar um laço entre as pessoas, fazer com que elas se importem umas com as outras através do jogo, mostrar "o lado positivo da humanidade". De algum jeito isso dá certo. Quando percebi que se tratava de uma pessoa e não de um programa, minha atitude mudou completamente, ajudar e tentar se comunicar da melhor forma com o companheiro de viagem é praticamente obrigatório no jogo. Não há comunicação efetiva, e essa era a ideia. Não há nomes - até acabar o jogo - e isso também faz parte do jogo.
     Os desenvolvedores dizem que retiraram, deixaram só o cru - do jogo e dos jogadores - para que os preconceitos não ficassem entre os jogadores. Bom... claro que não vou dizer nunca que um jogo consegue sequer chegar perto do contato real tete-a-tete. Mas devo admitir que, em um mundo onde as relações estão cada vez mais afastadas e as pessoas cada vez mais individualistas e isoladas, Journey é um jogo interessante, com uma proposta interessante e que vale muito a pena ser abraçada - tanto dentro quanto fora do video game. E é incrível que se faça isso com o mínimo de comunicação entre os envolvidos.
     Se tem uma coisa que é absolutamente verdade nesse mundo - e o jogo mostra bem isso - é que nossa jornada, seja qual for, nunca será solitária.



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